CONHEÇA A MARI, SÓCIA FUNDADORA DA QUETZALLI
Conheça a Mari, sócia e co-fundadora da Quetzalli
Se o misto de Brasil e México fosse uma bebida, seria a Quetzalli. Vem conhecer a Mari e os desafios que ela enfrentou para unir os elementos que formam a marca:
Beber, para a co-fundadora, é uma experiência social. Experiente em marketing, branding e comunicação, Mariana Migliano acreditou na ideia de trazer tequila de qualidade para o Brasil sem saber como seria. Ela sabia das questões burocráticas, mas não tinha se envolvido nesses processos de criação de produtos e importação antes. Ou seja, foi na prática que ela aprendeu a questionar, pesquisar, planejar e criar uma marca de bebida diferente do padrão. Do protótipo aos fornecedores, o envolvimento dela na Quetzalli está em todas as partes. Durante a criação, foi pelo amor à mistura de cultura e branding que ela vivenciou experiências no mercado.
Por que tequila?
De acordo com a Mari, a escolha da tequila como base do drink foi feita justo porque ela tem uma identidade muito mista no imaginário brasileiro. "As pessoas acham que tequila é premium, mas também tem a questão de ter uma relação muito ruim com ela, né? De todo mundo já ter tido um trauma na faculdade, que não consegue nem mais sentir o cheiro de tequila… E queríamos muito mudar essa relação das pessoas com a bebida.”
Ela mesma sempre teve uma proximidade um tanto mista com a bebida, antes de se inserir diretamente na história. “Eu trabalhava com ativações de marca para várias empresas e uma delas era uma marca de tequila. E o Ken me acompanhava em vários eventos e a gente ficava chocado. As pessoas odiavam a experiência e a gente pensava, não é possível que não dá pra ter uma experiência positiva. E aí, entendemos que, realmente, o grande problema era a qualidade do produto, né? Tem tequilas muito ruins no Brasil. E chegamos nessa ideia de fazer um drink com tequila, uma versão mais palatável e que iria surpreender as pessoas. A partir daí começamos a pensar nos detalhes da experiência.”
Os desafios na criação da Quetzalli
“Nem eu nem ele tínhamos experiência com o setor de bebidas alcoólicas, inclusive acho que é por isso que a gente topou fazer, porque é um mercado bem complexo no Brasil e se tivéssemos noção da dimensão dos desafios que iríamos encontrar, eu acho que teríamos desistido antes de começar.”
As burocracias envolvem desde impostos e acordos internacionais até a logística e custo de transporte e armazenamento. “Então, a gente sofreu muito pra conseguir fazer as coisas da forma correta, aprender no caminho enquanto a gente tava executando, mas eu acho que no fim foi super positivo." Até porque, na experiência dela, existe todo um mundo à parte na produção e comercialização da tequila: “Todo o processo é levado super a sério, existe um órgão regulamentador de tequila no México que controla e realmente fiscaliza, supervisiona toda a produção e o consumo de tequila no mundo e nós somos a primeira empresa brasileira certificada pelo CRT, que é esse conselho, a trazer tequila ao Brasil a granel. Porque, óbvio, não tem como produzir tequila aqui, obrigatoriamente a gente tinha que importar tequila. E no nosso caso, foi extremamente burocrático.
Existem outras marcas de tequila que já estão aqui, mas sempre é o produto final. E no nosso caso é bem legal, porque é algo inovador. Nós trazemos como matéria prima para fazer o nosso produto aqui. E esse processo foi bem difícil, foi bem burocrático mesmo, porque estamos falando de dois países com uma burocracia intensa, né?”
Outro ponto para o qual ela atenta é que existem produtos comercializados nas prateleiras do Brasil não são tequilas regulamentadas: "você encontra produtos muito baratos que tentam enganar o consumidor. São os aperitivos de agave, mas que a galera acha que é tequila nacional. E tequila brasileira simplesmente não existe! É covardia do mercado deixar os compradores pensarem isso. E as tequilas mexicanas que tem no Brasil são muito caras e não necessariamente de boa qualidade. Para tomar uma boa tequila no Brasil, você tem que gastar bastante dinheiro e, às vezes, nem vai receber uma coisa de qualidade real. Nosso sonho é mudar isso, educar o consumidor e dar à ele acesso aquilo que vale a pena consumir.”
O know-how de uma equipe diferente
“O Ken já era empreendedor, então, nesse quesito de empreender, tinha a experiência dele, que eu não tinha, mas eu trouxe toda a minha experiência de branding e de eventos que a gente focou no começo, que era o que eu sabia fazer.”
E essa união de culturas e habilidades foi o que tornou a barreira mais fácil de ser quebrada, mesmo frente às dificuldades: “aí nós juntamos as nossas habilidades e fomos desbravar esse mercado que não tínhamos noção de como funcionava. Hoje, óbvio, a gente adquiriu muito conhecimento, mas ainda assim, acho que é um mercado bem complexo. Com muitas peculiaridades é bem difícil de você ser bem-sucedido, mas eu acho que estamos no caminho certo. Conseguimos criar um produto único, que veio para acabar com as ideias pré concebidas de tequila e bebidas prontas no Brasil."
Misto cultural Brasil e México
Parte do processo envolveu ir direto à fonte e consultar os mexicanos sobre a tequila. “Começamos a viajar pro México em busca de fornecedores e afins. Contamos inclusive com a ajuda de um expert certificado no assunto, que nos ajudou a agendar reuniões e encontrar a tequila certa para nosso produto. E foi nessas viagens que a gente descobriu o quão incrível e rica era a cultura mexicana. A gente viu que existia ali uma grande oportunidade de juntar duas culturas maravilhosas.”
"A cultura mexicana é simplesmente incrível, conforme a gente foi descobrindo, foi se apaixonando. Aqui no Brasil temos uma carência em relação a nossa própria cultura indígena, perdemos muita coisa, mas no México se preservou muito disso. Então, para nós é super legal ter essa mistura de culturas, mesmo até como uma forma de enaltecer o patrimônio cultural do México e incentivar o Brasil a fazer o mesmo.”
Não que o lado brasileiro não fale mais alto: “Não teria como fazer esse produto sem o Brasil, né. Se a tequila é a alma do produto, o maracujá é o coração. E é um dos fatores que torna o produto global, algo que o mundo inteiro consegue apreciar e ver valor. E também tentamos valorizar muito a cultura atual brasileira, apoiamos a arte do nosso país como um todo. Tudo isso dentro da essência e dos valores da marca Quetzalli: falamos de cinema, música, teatro e tudo mais. A parte cultural foi se transformando e virou essência da marca, virou uma coisa pela qual a gente se apaixonou muito.”
O que chamou a atenção dela nesse processo foi o afeto que no México se tem pelo Brasil: “a gente achou que era uma ponte perfeita.”
E ainda tem a vontade de inverter a lógica da indústria de bebidas que prioriza importados de alto custo como padrão. “O Brasil produz coisas incríveis, mas as pessoas costumam achar que o que vem de fora tem mais valor. E não é necessariamente verdade! Temos muita vontade de trabalhar com outros produtos usando matérias-primas 100% nacionais. O brasileiro não enxerga isso, mas o Brasil é internacional."
Dica da Mari para consumir Quetzalli
Fica a dica para levar na mala da próxima vez que você for visitar o litoral: "eu amo beber Quetzalli na praia, pra mim tem bem a cara de verão, com bastante gelo, gosto muito.” Ela também é adepta das receitas de drinks diferentes, algumas que inclusive já dividiu no blog: “E eu gosto de beber não só ela pura, mas também com tônica, com espumante... Dá para fazer vários drinks e sou apaixonada pelo Ginger Pink e pelo QTZ Mule. Gosto quando eu tô com pessoas, uma reunião de amigos, assim, ou de família mesmo. Eu acho que tem muito cara de celebração. sabe? Então, almoço em família eu tomo, eu levo pro churrasco da galera também, ou quando tá todo mundo na praia. Enfim, eu acho que tem bem essa pegada”. Quer escolher a playlist perfeita para o mood de consumir sua Quetzalli? Vem cá que nós montamos uma seleção especial para cada momento.
Quer saber sobre o que o Ken, co-fundador, tem a dizer sobre a Quetzalli? Confira aqui a entrevista dele também!