CONHEÇA O KEN, SÓCIO FUNDADOR DA QUETZALLI

Imagem do sócio fundador da Quetzalli, Ken

 

Conheça o Ken - sócio fundador da Quetzalli.

— Por Lorena Pimentel

Nem só de destilados se faz uma marca de bebidas. É preciso saber criar, reconstruir e colocar inovação no processo:

  Quando o assunto é empreendedorismo, não é fácil começar em uma área diferente, mas talvez o espírito faça-você-mesmo e o ímpeto sejam os conhecimentos mais fundamentais. É, pelo menos, o que acha Ken Komiya, cofundador da Quetzalli.     Apaixonado por empreendedorismo e inovação, Ken começou a trabalhar na ideia de uma bebida diferente quando conheceu a Mari. Ele vinha das startups de tech, com o know-how de mercados em ascensão.

 Ela do marketing e bebidas, o que alavancou a ideia de trabalhar nisso. E foi assim que embarcaram na jornada de empreendedorismo da Quetzalli. Beber, segundo o cofundador, não é (ou não deveria ser) só sobre o teor alcoólico ou a capacidade de um drinque de inebriar rápido. 

 Nem sobre a etiqueta importada nas prateleiras do mercado. Mas, então, onde estaria o meio termo?

  Esse era o primeiro ponto que levaram em consideração na hora de idealizar a Quetzalli. O segundo? Como trazer inovação a uma indústria tradicional? Quem são as pessoas que querem beber algo diferente e saboroso, que enxergam mais que rótulos e teores alcoólicos?  Como incorporar a humanidade, inovação e o fator social da bebida na construção da Quetzalli?

Conheça o Ken, sócio fundador da Quetzalli

Ele explica que a vida em startups de tecnologia, apesar de legal, tinha um quê faltando. “Eu estava nessa pegada de empreendedorismo há um tempinho, peguei o primeiro boom das startups de inovação tecnológica onde eu tive contato com essa parte de desenvolvimento de empresas na área de tecnologia, só que eu fiquei sete anos nessa área de inovação digital, puramente digital e eu senti falta de trabalhar com produtos físicos. 

De onde surgiu a Quetzalli

 

E isso tenho na Quetzalli” Não que a experiência no mercado tech não tenha sido fundamental para trazer o empreendedorismo à tona, justamente pelo costume de esperar desafios e encará-los de frente: 

Conheci a Mari, ela trabalhava com marketing para bebidas alcoólicas e, como eu gosto de beber, as ideias se casaram. Mas não estava preparado, não segui nada do que aprendi na faculdade de administração, e sabíamos da possibilidade de ter barreiras enormes. Mas falei pra ela, não vamos pensar nessas coisas porque assim não vai acontecer, vamos fazer e, conforme vier, vamos resolvendo.”

 

O processo de cocriação de uma marca de bebida com inovação

Outra parte do processo que é quase diretamente ligada às startups é a fase de validação. No caso da Quetzalli, foi feito um passo de cada vez, passando de uma produção em escala mínima, nas próprias cozinhas, para o mercado. “Eu trouxe o conceito de  Lean Startup e a gente foi validando cada etapa o mais rápido possível. No mercado digital é muito mais fácil para a gente testar algumas premissas, mas no nosso caso, a gente fez isso com um produto físico, que era a bebida alcoólica.

 

E isso já era uma grande inovação.” O esquema foi testar o líquido, ver se havia aceitação, testar a imagem, adentrar mercados diferentes, fornecer para eventos, tudo sentindo como o produto tomava forma. Uma forma de empreendedorismo bem "raiz". Além disso, a experiência trouxe um feeling de como essa marca funcionaria de forma mais tecnológica: enquanto produtores em larga escala podem ter barreiras no e-commerce, uma produção que nasce dentro das oportunidades dele é inovação. "Nós somos uma bebida que nasceu no digital. Lançamos nossa loja online antes mesmo de lançar o produto no mercado. E isso tudo foi pensado e colhemos os resultados. Nós vendemos mais pelo e-commerce do que muitas marcas mais consolidadas, mesmo tendo começado a empreender depois." O terceiro ponto em que a Quetzalli é quase uma tech startup em forma de marca de bebida é a otimização e inovação: isso é, colocar em prática automações e os conhecimentos em várias áreas dos integrantes da equipe: se todos colocam a mão na massa, a receita dá mais certo.

A identidade e o afeto como foco

Uma das maiores questões que o Ken tinha com o mercado de bebidas no Brasil é que tudo se baseia em dois pólos: a bebida barata, que embebeda rápido, para virar em poucos goles ou, do outro lado, etiquetas de centenas de reais inacessíveis. “Esse ato de comer e beber marca a vida, seja de forma positiva ou negativa. Então a gente sempre acreditou nesse lado afetivo, um consumo de qualidade que marcasse os momentos.” Fora que, como ele diz, esse movimento por proximidade e qualidade já tem rolado em restaurantes, mas não tanto no mercado alcoólico. “Acho que a Quetzalli entra em um ponto super interessante. É uma categoria extremamente menosprezada porque é uma bebida pronta. 

A gente associa drink pronto com bebidas de baixa qualidade ou, quando é uma bebida de qualidade custa aí seus R$150, R$160 que é o caso dos Negronis e Rabos de Galo engarrafados. Esse já é um preço extremamente alto para você tomar o risco de comprar, então temos posicionado a Quetzalli em um meio termo. 

 

 

Eu acho que é uma mudança que está acontecendo no mercado e a gente está seguindo essa onda.”

Ainda que muita gente que se aventura com o empreendedorismo considere até supérfluo investir na identidade visual e de discurso de uma marca nascente, Ken acha que isso é parte essencial da criação de uma personalidade cativante.  Para ele, a Quetzalli como marca tem um aspecto questionador e que traz oportunidade e isso tem tudo a ver com a premissa de uma bebida multicultural. “Existem realmente os valores, a crença e o posicionamento da marca. Existe a persona, quem é a marca e sempre buscamos ser fiéis a isso.” 

 Então a gente tem essa grande preocupação, discutimos internamente quem é a Quetzalli, qual o posicionamento da e a personalidade da marca, como ela fala, quais as bandeiras que levanta. Não é simplesmente um logo ou questão estética, a inovação vem de ter um pilar estratégico que vai fazer com que a gente chegue em um patamar que acreditamos.

 

 E se dá certo? Com certeza! Ele comenta que além da alta taxa de recompra e busca pelo produto, um fator marcante de trabalhar nessa indústria e na construção de uma pequena marca é o contato direto com o consumidor. “Mas a sensação de você ter um produto realmente onde existe um consumidor final que aprecia aquilo é meio viciante, a sensação é boa quando você tem um produto bom na mão. A pessoa consome aquilo e realmente demonstra um puro interesse e alegria de consumir aquilo, é um negócio que te motiva."   Quer saber mais sobre a inovação e o empreendedorismo por trás da fundação da Quetzalli? Conheça nosso trabalho! 

Quer saber sobre o que a Mari, co-fundadora, tem a dizer sobre a Quetzalli? Confira aqui a entrevista dela também!